segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Tentante parte II

Dia 6 de janeiro de 2016:
 - Dra, ainda nada de bebê!  
- Vamos repetir exames de sangue. E chegou a hora de conferir se a mamãe está ovulando. Partiu US seriada. Ela funciona assim: você vai à clinica de imagens a partir do 10º dia do ciclo, para ver se os folículos estão em desenvolvimento para a ovulação, e então retorna no 12º dia para ver se a ovulação aconteceu ou se precisa repetir no 14º dia. No meu caso, na segunda US seriada já constatamos:  Estou ovulando! Mas o que será que está errado comigo? Será que é incompatibilidade com o Rafa? Afinal eu já engravidei uma vez...
Então, fui apresentada ao monstro, chamado HISTEROSSALPINGOGRAFIA! Que nome estranho, não consigo nem pronunciar direito, histero, histero, o quê mesmo? Dúvidas, mais dúvidas! Googleeee? Exame com anestesia, que dói, cólicas, muitas cólicas. Ai meu Deus, que medo.  O plano não cobre com a anestesia o exame, então tive que encarar. Foi no dia 31 de março. Preparação para o exame super chatinho de fazer. No dia anterior fazer um Beta HCG (já pensou descobrir que já estou grávida?), utilizar supositório de glicerina, e tomar buscopan! Deve dar cólica mesmo...
Que monstro! Chegamos na clínica. Entrei na sala. O exame, na verdade, consiste em tirar radiografias enquanto o médico introduz um contraste na vagina para verificar se ele passa por toda a extensão das trompas, caindo na cavidade abdominal. Primeiro ele abre a vagina, como fazem no preventivo, em posição ginecológica; faz a assepsia (que dói); então introduz o cateter e “pinça” uma sonda lá no colo do útero (dói muito!); e devagarinho vai introduzindo o contraste de iodo, enquanto tira as radiografias. Ele introduziu pela segunda vez o contraste, pois da primeira, o contraste não passou, dessa vez ele faria com mais pressão, para que o líquido passasse. Não passou. Mais uma vez, pode ser? Vai que agora passe, se não passar, encontramos a causa da infertilidade. Não passou de novo. Que dor. Doeu muito, a cólica foi uma dor pífia à dor que senti em descobrir a causa. Trompas obstruídas. Nesse  dia fiquei em casa, não consegui trabalhar, não conseguia parar de chorar. Que tristeza, que dor, que dor!

O Rafa sempre mais otimista. – Agora já sabemos porquê não estava dando certo. Agora vamos tratar e vai dar certo! 

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